Manta de índiozinho.
Ao caminhar com a manta nos ombros,
percebi que em todos estes anos,
sentia um enorme vazio.
Meus filhos cresceram e estão por aí.
As tintas e pincéis ocuparam seu lugar.
Estou inteira de novo.
Encontrei nova possibilidade de amar.
A ARTE.
2 Comments:
A manta... Ela era enorme, para nossos corpos pequenos. Todos embolados, juntos... O prazer de estar simplesmente juntos. O aconchego, as brincadeiras, a alegria, a quenturinha boa. Hoje, lembro dela com saudade.
A manta era o limite do sagrado. Na casa da velha bruxa-criança o quarto era o reduto dos especiais, dos queridos, dos amados e a manta era como um solo sagrado, que não se pisava sem respeito ou reverência.
A manta era como um ventre de mãe, cheio de calor e aconchego.
A manta era uma prova de afeto concreto, um presente dividido.
A manta era a prova que doar nunca é demais.
Era o coração de Angélica, onde recebia tantos e tantos.
A manta era uma outra forma de dizer: eu te amo.
Postar um comentário
<< Home